segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O QUE O PROFESSOR PODE FAZER PARA AJUDAR UM ALUNO COM TDAH???

Estratégias de ação pedagógica O sucesso na sala de aula exige uma série de estratégias, onde a maioria das crianças com TDAH pode permanecer na classe normal, com pequenos arranjos na arrumação da sala, utilização de um auxiliar e/ou programas especiais a serem utilizados fora da sala de aula. Os professores devem conhecer técnicas e estratégias que auxiliem os alunos com TDHA a terem melhor desempenho, sendo que em alguns casos é preciso ensinar ao aluno técnicas específicas para minimizar as suas dificuldades. Quando os alunos com TDAH se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer mais tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um "reforço" no centro da atenção que é ligado a ele, passando a funcionar em níveis normais. Uma das propostas de tratamento são as seções terapêuticas, sendo elaborada com envolvimento de profissionais e familiares, além disso professores e equipe pedagógica necessitam ser orientados no acompanhamento dos procedimentos necessários a serem empreendidos no dia-a-dia, em busca de melhorias no processo de ensino e aprendizagem. Partel (2009) cita dicas para mudança de comportamento: • Evitar a utilização de reforços negativos, para que os mesmos não sejam aumentados. • Utilizar mais reforços de extinção – um comportamento sem IBOPE provavelmente sairá do ar. • Sempre utilizar reforços positivos, pois se a qualquer comportamento adequado (mesmo que para pais e professores não passe de mera obrigação), houver recompensa e/ou reconhecimento, esse tipo de comportamento tende a aumentar cada vez mais. • Quando se pretende modificar um comportamento indesejável, deve-se decidir por qual o comportamento positivo quer substituí-lo, para depois ir punindo o comportamento oposicional indesejável, com punições brandas, como por exemplo a perda de privilégios, mantendo a relação de uma punição para três ou mais situações de elogio e recompensa. A tendência é a extinção natural das punições. • Não se deve perder a perspectiva dos objetivos, evitando a irritabilidade, a impaciência, a confusão e atitudes enfurecidas frente ao aluno com TDAH. • É necessário manter o ritmo, respirando fundo e lembrando que o adulto é o educador. • Deve-se ter muita sabedoria e paciência para equilibrar amor com regras e limites claros na educação. • Objetiva-se a preparação da criança e/ou adolescente para viver em sociedade, para que se integre, com boa auto-estima, sabendo respeitar limites (seus e dos outros). • Olhar de fora da cena, como se fosse um estranho imparcial, racional, sem qualquer envolvimento emocional. • Deve-se enfocar o comportamento negativo, deficiente e destrutivo que necessita ser mudado, lembrando sempre que o aluno tem uma incapacidade, uma dificuldade, e não falta de caráter: ele não consegue controlar o que fala ou faz e com certeza tem qualidades e potenciais a serem valorizados. • É MUITO MAIS DIFÍCIL DECEPCIONAR ALGUEM QUE CONFIA EM NÓS. Além disso, a sala de aula par atender alunos com TDAH necessita ser organizada e estruturada, utilizando material didático adequado à habilidade da criança, havendo avaliação frequente e imediata, estabelecendo regras claras, planejamento previsível e carteiras separadas, deve-se utilizar os prêmios como meio estimulador ao aluno, sendo os mesmos coerentes e frequentes, fazendo parte do trabalho com a turma. Em alguns momentos as interrupções e pequenos incidentes devem ser ignorados, pois têm menores consequencias. Deve-se sim trabalhar estratégias cognitivas que facilitam a auto-correção, assim como melhoram o comportamento nas tarefas, devem ser ensinadas. As atividades devem ser variadas, mas buscando sempre ser interessantes para os alunos, e ainda as expectativas do professor devem ser adequadas ao nível de habilidade da criança e deve-se estar preparado para mudanças. Os professores devem ter conhecimento do conflito incompetência x desobediência, e aprender a discriminar entre os dois tipos de problema. É preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar eficientemente no ambiente da sala de aula de uma criança com TDAH. Santos (2009) traz sugestões para Intervenções do Professor para ajudar a criança com TDAH a se ajustar melhor à sala de aula: l Deve-se proporcionar uma boa estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas). l Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor, na parte de fora do grupo. l Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, para que os alunos não desanimem facilmente. l Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas. l Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas. l Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de madeira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude. l Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais. l Trabalhar em grupos pequenos, buscando atingir melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais. l Manter comunicação com os pais, pois geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho. l Proporcionar mudança do ritmo ou o tipo de tarefa com frequencia para eliminar a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção. l Dar oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe. l Reconhecer as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH, fazendo adaptações necessárias. (Exemplo: se a atenção é muito curta, não deve esperar concentração em uma única tarefa) l Dar recompensa pelo esforço, persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado. l Trabalhar com exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. l Avaliação continua sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante. l Proporcionar contato aluno/ professor, permitindo um “controle” extra sobre o aluno na execução da tarefa, possibilitando oportunidades de reforço positivo e incentivo para um comportamento mais adequado. l Colocar limites claros e objetivos; tendo uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado. l Fornecer instruções claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações. l Não segregar o aluno que talvez precise de um canto isolado com biombo para diminuir o apelo das distrações. l Fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo. l Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos. l Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho que o aluno pode ganhar como recompensa por esforço feito, aumentando o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento. l Perceber se há isolamento nas atividades recreativas barulhentas, pode indicar dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional. l Preparar com antecedência para as novas situações, pois tem sensibilidade em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja. l Trabalhar com métodos variados (som, visão, tato), entretanto, novas experiências envolvem muitas sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), e provavelmente irá precisar de tempo extra para completar a tarefa. l Reconhecer que os alunos com TDAH necessitam de aulas diversificadas, modificando o programa para que o aluno senta conforto. l Ter comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola, ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico. Também é necessário que o professor realize pesquisas sobre TDAH, com o intuito de melhorar a aprendizagem dos alunos que apresentam esse déficit, traçando estratégias para que os mesmos não e sintam entediados e não atrapalhem o andamento das aulas, o professor poderá: • Substituir as aulas monótonas aulas mais estimulantes que venham prender a atenção do aluno. • Utilizar recursos variados que não são habituais na sala de aula (informática, experiências, construção de maquetes, atividades desafiadoras de criar, construir e explorar. • Procurar trazer os alunos para perto do quadro, podendo acompanhar melhor o processo educativo, se está conseguindo acompanhar o ritmo, ou se é necessário desacelerar um pouco. • Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno perceba as regras pré-definidas e que todos devem cumpri-las. • As tarefas devem ser curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum. • Não utilizar cores muito fortes na sala e na farda como amarelo e vermelho, cores fortes tendem a deixar os alunos mais agitados, excitados e menos atentos. Procure colocar tons mais neutros e suaves. • Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro, assim estará evitando que ele fuja da sala por conta própria. • Elogiar o bom comportamento e as produções, ajudando a elevar sua auto-estima. • Utilizar uma agenda de comunicação entre pais e escola, evitando que as conversas se dêem apenas em reuniões. • Aproveitar as aulas de educação física como auxílio na aprendizagem dos alunos que parecem ter energia triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que parece ser inesgotável, melhora a concentração com exercícios específicos, estimula hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem). or meio das orientações e estratégias citadas o professor poderá melhorar o desenvolvimento tanto do aluno como da turma, uma vez que todos irão se adaptar ao novo trabalho realizado em sala de aula.

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